Núcleo de Pesquisa e Extensão em Currículos, Culturas e Cotidianos

1 Apresentação

O Nupec3.

O Núcleo de Pesquisa e Extensão em Currículos, Culturas e Cotidianos (Nupec3) do Centro de Educação (CE) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) foi criado em 2011, registrado segundo Resolução CEPE Nº 38/2011 (07-07-11), atendendo a orientação do Estatuto da Ufes (Art. 5º), quanto a criação de “núcleos de natureza científica, técnica, cultural, recreativa e de integração e atendimento às comunidades universitária e externa”. Para tanto, o Nupec3 e seus componentes organizam-se em ações de ensino, pesquisa e extensão, oferecendo subsídios para problematizar e ampliar as práticas curriculares pedagógicas e acadêmicas na educação básica e superior. 

 

Os objetivos.

O Nupec3 tem como objetivo produzir e compartilhar experiências escolares e acadêmicas sobre currículos em na interseção entre educação básica e ensino superior a partir de um programa de extensão que possa dar visibilidade a essa contribuição coletiva. Os objetivos específicos consistem em:

a) Potencializar ações que fortaleçam a produção de estudos e pesquisas no campo do Currículo no Centro de Educação da Ufes.

b) Fortalecer parcerias com as redes municipais e estadual de educação, assim como, no âmbito federal, com os departamentos e colegiados da Ufes e dos Centros de Educação Tecnológica do Estado, nos estudos e pesquisas em currículos.

c) Dinamizar e ampliar as redes de intercâmbios entre o Nupec3/Ufes e grupos de pesquisa em nível local, regional, nacional e internacional, em especial, os grupos cadastrados no Diretório de Grupos de Pesquisa do CNPq, no campo do currículo.

d) Promover ações políticas que possam potencializar as redes de formação e integração/parceria entre universidade e sociedade, no que concerne às práticas discursivas instituintes de redes de compartilhamento de saberes e fazeres com currículos e cotidianos.

 

Os projetos.

O Nupec3 e seus componentes promovem ações de pesquisa e extensão, oferecendo subsídios para problematizar e ampliar as práticas curriculares pedagógicas e acadêmicas na educação básica e superior. Busca estabelecer maior proximidade com as redes municipais e estadual, nos diferentes espaçoestempos de produção de conhecimentos e experiências. As ações são realizadas por meio de cursos, seminários, ciclos de palestras, iniciativas de formação inicial e continuada de professores/as.

 

Os membros.

O Nupec3 realiza composição com os Programas de Pós-Graduação em Educação do Centro de Educação da Ufes e com outras instituições. Os membros são docentes (do magistério superior do CE/UFES, do Ensino básico, técnico e tecnológico do CE/UFES e do Instituto Federal do Espírito Santo, das redes municipais e estadual) e estudantes (do Curso de Licenciatura e dos Programas de Pós-Graduação em Educação e em Educação Profissional). A vinculação institucional é voluntária, embora o compromisso assumido seja condição para sua manutenção.

 

Os currículos.

Nosso investimento está na compreensão de currículo como redes de conhecimentos, saberes, fazeres, poderes e afecções (FERRAÇO, 2016). Os currículos constituem-se por tudo aquilo que é vivido, sentido, praticado no âmbito escolar, e para além dele (FERRAÇO, 2007). Um dispositivo, com linhas de diferentes segmentaridades: molar, molecular e de fuga. Envolve as complexas conexões com as prescrições instituídas, as dimensões vividas cotidianamente nos seus diferentes espaços-tempos de produção, a reinvenção a partir da confluência de múltiplas demandas da vida cotidiana, os saberes-fazeres das crianças e dos adultos, o aparato didático-pedagógico mobilizado e produzido, as opções teórico-metodológicas, as propostas e projetos escolares de diferentes níveis, os improvisos, as contradições, as documentações, as invenções, as afecções, as conversações, as narrativas-imagens, enfim, as múltiplas redes de sentidos-produções (NUNES; FERRAÇO, 2018). Assim, a noção de níveis ou de objetivações curriculares (SACRISTÁN, 2000) é ampliada com a imagem de rizoma, um tipo de raiz que não cresce de modo ascendente, como uma árvore, mas é conhecida pelo modo como se expande. Como afirmam Deleuze e Guattari (1996, p. 37), “[...] um rizoma não começa nem conclui, ele se encontra sempre no meio, entre as coisas, inter-ser, intermezzo’”. O interesse está em percorrer documentos e legislação em articulação ao que podemos considerar como currículo real (SACRISTÁN, 2000), currículos em redes (ALVES, 2008), currículo realizado (FERRAÇO, 2008) e currículo praticado (OLIVEIRA, 2004), assumindo as produções escolares como pistas fundamentais para as negociações de novas concepções de currículo que estão sendo gestadas cotidianamente, que precisam ganhar visibilidade, que formam e deformam permanentemente o que compreendemos por currículos.

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